Seeking for oneness

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Maylson
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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Tue Jan 14, 2025 7:06 pm

Boa tarde, Franchi!
“A semana tem sido ótima e proveitosa.
As crianças estão como deveriam estar, terríveis !!!! (rs.)
Mas estamos todos bem!!!
E você por aí, já retornou ao ritmo normal ?”
Que bom saber! Por aqui tudo tranquilo também!
Sobre as crianças, não tenho filhos, mas já trabalhei por muito tempo com crianças e adolescentes, sei que o ritmo é frenético, rsrs.

“Não faz mais sentido esta busca sobre ter certeza ou a necessidade de ter certeza... Parece que houve alguma mudança neste paradigma e a verdade é que pouco importa o que o certo ou não... Só importa o que é...”
Como descreveria essa mudança? O que mudou? Compartilhe comigo!

“É verdade, porque solidão no caso seria referente a poder compartilhar tudo isso sobre a vida e o universo com alguém, porque é tudo muito empolgante. Mas agora entendo que mesmo cada um tendo suas crenças, filosofias, religiões, doutrinas, comportamentos e condutas, ninguém precisa compartilhar nada com ninguém, porque tudo se manifesta como tem de ser e em última instância, quem vai compartilhar o que com quem???”

Essa necessidade de compartilhar essas perspectivas com os outros pode surgir, e é realmente algo interessante de observar. Na minha experiência, esse impulso apareceu de forma intensa. Ao investigar mais profundamente, percebi que, no fundo, essa vontade de compartilhar estava conectada a uma busca por validação, como se dissesse: 'Eu não quero estar sozinho nisso. Será que outros concordam com essa perspectiva?
No fim das contas, isso revelou ser um tipo de ‘confirmation bias’, a mente buscando reforçar a nova percepção ao encontrar eco nos outros. Mas, ao olhar ainda mais de perto, surgiu a pergunta: quem é que precisa de validação? E de quem? Quando essa ideia de 'eu' separado começa a se dissolver, até mesmo essa necessidade perde força. Tudo já acontece como deve ser, e o compartilhamento verdadeiro não depende de palavras ou concordância, ele já está presente em tudo.

“Não há mais nada para esperar, May, só para vivenciar ... O que vier será benvindo, e se houver alguma oscilação, será benvinda também.
Sentimentos, pensamentos, sensações, mente, o que importa ??? Só a consciência permanece, só a consciência é.”
Que ótimo, Franchi! Parece que uma há uma espécie de aceitação das coisas como são, é isso? Como você descreveria isso que chama de “consciência”?

“Estes dizeres foram como um interruptor para mim... Me notei claramente nesta busca desenfreada por algo que não precisava mais, porque já tinha ... É como aquela analogia de procurar os óculos que estão em sua cabeça, ou o colar que está em seu pescoço...”

Exato! Como um cachorrinho girando em círculos, tentando alcançar o próprio rabo!

“Vou assistir ao vídeo e depois comento com você !!! Agradeço pelo link!!!”
Tudo bem! Se quiser falar sobre, estou aqui!
May.

"The moment I am aware that I am aware I am not aware. Awareness means the observer is not"
― Jiddu Krishnamurti

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Franchi
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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Tue Jan 14, 2025 8:00 pm

Boa tarde, May !!!!
Que bom saber! Por aqui tudo tranquilo também!
Sobre as crianças, não tenho filhos, mas já trabalhei por muito tempo com crianças e adolescentes, sei que o ritmo é frenético, rsrs.
Sim, o tempo todo... Temos um casal que vive uma eterna disputa, desde a hora que acordam até a hora que vão dormir. Então são várias situações ininterruptas que se apresentam como verdadeiros exercícios, pois quando nos envolvemos emocionalmente nas situações, vem aquela vontade inata de gerenciar, controlar, mudar... Tudo que remete muito a identificação pessoal, como pai, como chefe da família.
No início, eu culpava muito este "processo" como responsável pela minha falha em "melhorar", em buscar tranquilidade e paz.
Mas, agora, tendo essa possibilidade de desidentificação com o personagem, entendendo que tudo está se manifestando no fluxo, me parece uma excelente oportunidade de abraçar a experiência imediata e deixar tudo acontecer naturalmente.
Como descreveria essa mudança? O que mudou? Compartilhe comigo!
Eu me desarmei, May ... Eu relaxei ... Meu caminho sempre foi uma série de buscas ininterruptas, muito estudo, muitos livros, crenças sobrepondo outras crenças ... Acho que desde que me encontrei no Advaita Vedanta, faltava apenas eu me livrar da lógica e da necessidade de sempre ter explicações para tudo e do apego aos termos e mecanismos espirituais/religiosos/doutrinários/filosóficos.
É no que acredito, é o que quero vivenciar... Não preciso mais estar seguro em relação a isso ou ter algum tipo de certeza conceitual...
Só é ...
Essa necessidade de compartilhar essas perspectivas com os outros pode surgir, e é realmente algo interessante de observar. Na minha experiência, esse impulso apareceu de forma intensa. Ao investigar mais profundamente, percebi que, no fundo, essa vontade de compartilhar estava conectada a uma busca por validação, como se dissesse: 'Eu não quero estar sozinho nisso. Será que outros concordam com essa perspectiva?
No fim das contas, isso revelou ser um tipo de ‘confirmation bias’, a mente buscando reforçar a nova percepção ao encontrar eco nos outros. Mas, ao olhar ainda mais de perto, surgiu a pergunta: quem é que precisa de validação? E de quem? Quando essa ideia de 'eu' separado começa a se dissolver, até mesmo essa necessidade perde força. Tudo já acontece como deve ser, e o compartilhamento verdadeiro não depende de palavras ou concordância, ele já está presente em tudo.
Exatamente, talvez realmente fosse um outro mecanismo para buscar a tal segurança, na forma da validação ... Porque não faz sentido falarmos em solidão quando buscamos experienciar a unidade .
Que ótimo, Franchi! Parece que uma há uma espécie de aceitação das coisas como são, é isso? Como você descreveria isso que chama de “consciência”?
Sim, é uma aceitação sem condições ... Digo consciência porque é um dos termos que me agradam, e não sei como chamar de outra coisa, por enquanto, mas o que quero dizer é que tudo está acontecendo neste exato momento num fluxo natural, dentro da unidade de todas as coisas. Simplesmente sendo...
Exato! Como um cachorrinho girando em círculos, tentando alcançar o próprio rabo!
(rs.)

Não consegui ainda assistir aquele vídeo, porque tento utilizar alguns intervalos curtos que tenho, já que em casa seria um verdadeiro desafio assistir a um vídeo tranquilamente.
Mas tenho assistido muito o canal do Josh Putnam e do Angelo, além de estar lendo o Rupert Spira.
Sei que não há necessidade deste "reforço" conceitual, mas me sinto muito bem vendo este material, porque parece que fico mais imerso nesta realidade única.
É muito bom saber que pessoas estão buscando falar sobre isso, e melhor ainda saber que pessoas estão buscando este conhecimento.

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Maylson
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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 16, 2025 5:06 pm

Bom dia, Franchi! Como voce está?

“Sim, o tempo todo... Temos um casal que vive uma eterna disputa, desde a hora que acordam até a hora que vão dormir. Então são várias situações ininterruptas que se apresentam como verdadeiros exercícios, pois quando nos envolvemos emocionalmente nas situações, vem aquela vontade inata de gerenciar, controlar, mudar... Tudo que remete muito a identificação pessoal, como pai, como chefe da família.
No início, eu culpava muito este "processo" como responsável pela minha falha em "melhorar", em buscar tranquilidade e paz.
Mas, agora, tendo essa possibilidade de desidentificação com o personagem, entendendo que tudo está se manifestando no fluxo, me parece uma excelente oportunidade de abraçar a experiência imediata e deixar tudo acontecer naturalmente.”

Essas situações com seus filhos realmente proporcionam uma oportunidade. Quando surge o impulso de controlar ou gerenciar, pergunte: Quem é esse que sente necessidade de intervir? Essa vontade, assim como os conflitos entre eles, não é apenas parte do fluxo, se manifestando?
Tudo acontece no mesmo espaço de percepção, Mesmo a identificação como pai ou a vontade de mudar algo podem ser abraçadas, não há nada fora do lugar. Isso não significa que você será incapaz de orientar ou disciplinar. A diferença é que a ação não precisa vir de uma tensão ou tentativa de controle, mas de uma resposta natural à situação, sem resistência ao que já está acontecendo. Tudo se desenrola por si, incluindo sua orientação quando necessária.

“Eu me desarmei, May ... Eu relaxei ... Meu caminho sempre foi uma série de buscas ininterruptas, muito estudo, muitos livros, crenças sobrepondo outras crenças ... Acho que desde que me encontrei no Advaita Vedanta, faltava apenas eu me livrar da lógica e da necessidade de sempre ter explicações para tudo e do apego aos termos e mecanismos espirituais/religiosos/doutrinários/filosóficos.
É no que acredito, é o que quero vivenciar... Não preciso mais estar seguro em relação a isso ou ter algum tipo de certeza conceitual...
Só é ...”

Você consegue perceber o alívio que isso traz? Esse "se desarmar" é realmente o ponto central: deixar de lado a busca incessante, as explicações e até a necessidade de encontrar segurança em conceitos ou certezas. O que resta é simplesmente o que já está presente, sem esforço, sem filtros de ideias ou interpretações. Não há mais nada a ser alcançado ou compreendido, apenas a experiência sendo vivida.

E o mais significativo é que o que você está agora percebendo não depende de nenhum conceito espiritual, corrente filosófica ou religiosa. Não há necessidade de explicá-lo ou validá-lo, porque ele já é, completo, simples, no momento presente.


Aproveitando a clareza que há aqui e agora, responda com base na sua experiência atual:
(Tome o tempo que achar necessário, mas escreva respostas concisas e diretas)


Quem é você?

Você acha que existe um "eu" inerentemente independente?

Você sente que existe um "eu" inerentemente independente?

Existe um passado ou futuro real?

Como você se relaciona com seus pensamentos, agora?

Como você se relaciona com suas emoções, agora?

Sua relação com outras pessoas mudou?

Como você reage quando surgem conflitos/problemas? Há alguém separado da experiencia, reagindo?

Qual é a sua relação com a vida?


Há dúvidas? Se sim, descreva-as.

Se você não é o "eu" separado, quem/ou o que é você?
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Thu Jan 16, 2025 6:41 pm

Olá, May !!! Boa tarde !!!!
Está tudo se desenrolando bem !!! Tudo na paz !!!
Essas situações com seus filhos realmente proporcionam uma oportunidade. Quando surge o impulso de controlar ou gerenciar, pergunte: Quem é esse que sente necessidade de intervir? Essa vontade, assim como os conflitos entre eles, não é apenas parte do fluxo, se manifestando?
Tudo acontece no mesmo espaço de percepção, Mesmo a identificação como pai ou a vontade de mudar algo podem ser abraçadas, não há nada fora do lugar. Isso não significa que você será incapaz de orientar ou disciplinar. A diferença é que a ação não precisa vir de uma tensão ou tentativa de controle, mas de uma resposta natural à situação, sem resistência ao que já está acontecendo. Tudo se desenrola por si, incluindo sua orientação quando necessária.
A intervenção vem da necessidade do ego controlador e surge em forma de pensamentos quase que instintivos, repletos daquela carga de fazer o que é certo, estimular o que é certo; sendo que as coisas na vida apenas são... Achava natural porque se manifestava de forma instantânea, mas passei a notar que entre a análise e a tomada de ação, havia(há) uma camada de pensamentos que se interpõem de forma muito rápida. Basta observar estes pensamentos se apresentando, para entender que eles não me representam e sim a personalidade ilusória do ego e assim, posso tomar uma ação de forma desidentificada; como pai, como educador, mas sem a carga dos achismos e julgamentos que trazemos na personalidade ilusória.
Assim o processo se dá de forma mais compassiva, mais fluída.
Você consegue perceber o alívio que isso traz? Esse "se desarmar" é realmente o ponto central: deixar de lado a busca incessante, as explicações e até a necessidade de encontrar segurança em conceitos ou certezas. O que resta é simplesmente o que já está presente, sem esforço, sem filtros de ideias ou interpretações. Não há mais nada a ser alcançado ou compreendido, apenas a experiência sendo vivida.
Ainda estou "sorvendo" isso lentamente, sem pressa, mas já sinto a sensação deste alívio...
Sem dúvidas, não há nada de mais real do que o imediato, a experiência, o agora... E sendo assim, não faz mais sentido falar em meta ou objetivo.
E o mais significativo é que o que você está agora percebendo não depende de nenhum conceito espiritual, corrente filosófica ou religiosa. Não há necessidade de explicá-lo ou validá-lo, porque ele já é, completo, simples, no momento presente.
Finalmente consegui ver integralmente a entrevista que você havia mandado. E isso fica bem claro naquele diálogo. Na verdade, os conceitos e correntes podem acabar trazendo confusão, sendo que a verdade é mais evidente e simples do que parece.
Aproveitando a clareza que há aqui e agora, responda com base na sua experiência atual:
(Tome o tempo que achar necessário, mas escreva respostas concisas e diretas)
Vou lhe pedir um tempo para responder as questões...
Quero deixar tudo se alinhar bem, para que possa respondê-las de forma direta.

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 16, 2025 7:34 pm

“A intervenção vem da necessidade do ego controlador e surge em forma de pensamentos quase que instintivos, repletos daquela carga de fazer o que é certo, estimular o que é certo; sendo que as coisas na vida apenas são... Achava natural porque se manifestava de forma instantânea, mas passei a notar que entre a análise e a tomada de ação, havia(há) uma camada de pensamentos que se interpõem de forma muito rápida. Basta observar estes pensamentos se apresentando, para entender que eles não me representam e sim a personalidade ilusória do ego e assim, posso tomar uma ação de forma desidentificada; como pai, como educador, mas sem a carga dos achismos e julgamentos que trazemos na personalidade ilusória.
Assim o processo se dá de forma mais compassiva, mais fluída.”


Exatamente! Perceber esses mecanismos mentais facilita a desidentificação e abre espaço para uma "relação" diferente com os pensamentos. Em vez de tomá-los como verdades absolutas, você pode vê-los como simples sugestões, ideias ou até uma tagarelice mental, que, embora às vezes possam parecer coerentes com a experiência imediata, não são necessariamente assim. Fico feliz que essa percepção esteja se manifestando por aí 😊

“Finalmente consegui ver integralmente a entrevista que você havia mandado. E isso fica bem claro naquele diálogo. Na verdade, os conceitos e correntes podem acabar trazendo confusão, sendo que a verdade é mais evidente e simples do que parece.”

Sim! É tão simples, mas tão simples, que a mente simplesmente não aceita, acabando por fabricar muitos conceitos, histórias e suposições, o que cria toda essa ilusão do "eu" separado e bastante sofrimento.

Tem uma citação que acho interessante, que diz: “Your assumptions are your windows on the world. Scrub them off every once in a while, or the light won't come in.”

“Vou lhe pedir um tempo para responder as questões...
Quero deixar tudo se alinhar bem, para que possa respondê-las de forma direta.”

Tenha seu tempo!
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Mon Jan 20, 2025 7:16 pm

Boa tarde, May!!!
Espero que tudo esteja se manifestando favoravelmente por aí.
Ia demorar mais para responder, mas acredito que mesmo ainda não tendo desenvolvido alguns pontos, será a melhor maneira para você avaliar e poder continuar ajudando.


Quem é você?
Sou um fragmento de um todo, que embora tenha sido habituado a ter uma identificação própria, percebi que isso é uma ilusão, um personagem fictício. Ainda estou me descobrindo.
Você acha que existe um "eu" inerentemente independente?
Não, apenas de forma ilusória.
Você sente que existe um "eu" inerentemente independente?
Não sinto mais.
Existe um passado ou futuro real?
Não, apenas projeção. Apena a experiência imediata existe.
Como você se relaciona com seus pensamentos, agora?
Dentro do possível, apenas os observo, tentando não dar muita atenção.
Como você se relaciona com suas emoções, agora?
Vivencio as de forma mais plena, sem estar preocupado com conceitos ou de estar moldando as mesmas para que sejam mais "adequadas".
Sua relação com outras pessoas mudou?
Mudou bastante. Parece que estou mais aberto, sem ficar julgando ou analisando.
Como você reage quando surgem conflitos/problemas? Há alguém separado da experiencia, reagindo?
Entendo que é algo impessoal e que simplesmente está acontecendo, como deveria ser. As vezes tenho alguma emoção que se manifesta, mas a "retomada" é muito mais tranquila. Também, dentro do possível, não deixo mais os meus pensamentos me guiarem. Não há ninguém separado, seja qual for o contexto, nada mais é que a experiência acontecendo.
Qual é a sua relação com a vida?
Não há muito o que dizer em relação a algo que apenas acontece. Estou aqui, desempenhando meu personagem, mas sabendo que tudo é como um grande sonho que se manifesta, mas que faz parte da unidade.

Há dúvidas? Se sim, descreva-as.
Ainda sinto movimentos que geram certa confusão de vez em quando... Tipo tentando procurar uma lógica em alguns acontecimentos, mas normalmente é algo instantâneo, que se esvai rapidamente.
Também ainda não me sinto plenamente integrado nesta realidade única, embora tenha vislumbres disso.
Se você não é o "eu" separado, quem/ou o que é você?
Parte deste todo que se manifesta, desempenhando um papel na experiência.

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Wed Jan 22, 2025 4:32 am

Boa noite, Franchi!

Tudo tranquilo por aqui! Chuvas chegando, clima mudando, o verde surgindo... 😊

E você. Como está se sentindo?

“Ia demorar mais para responder, mas acredito que mesmo ainda não tendo desenvolvido alguns pontos, será a melhor maneira para você avaliar e poder continuar ajudando.”
Não há problemas. Fiz essas perguntas tanto para entender melhor como está sua percepção em relação a tudo o que estamos conversando quanto para ajudá-lo a continuar identificando algumas crenças e, assim, questioná-las.


Com base nas suas respostas, gostaria de me aprofundar em alguns pontos que considero importantes para investigar:

"Sou um fragmento de um todo”
Se não há "eu" independente, o que sobra que poderia ser chamado de fragmento?

Este "fragmento" pode ser localizado na experiência direta agora?

Como ele é?

Em que momento ele surge?

Onde ele começa e onde ele termina?
“Dentro do possível, apenas os observo, tentando não dar muita atenção.”
Quem está tentando não dar atenção?

É necessário "fazer" algo para que os pensamentos sejam simplesmente vistos?

“Às vezes tem alguma emoção que se manifesta" e a retomada é mais tranquila.”
Quando surge um conflito, há um observador separado ou tudo é apenas a experiência?

Quando surge a ideia 'eu observo', perceba que essa ideia é só mais um pensamento. Então, quem observa o pensamento 'eu observo'?

Consegue encontrar algo ou alguém observando os pensamentos, ou só há pensamentos e consciência deles?

"Ainda sinto movimentos que geram confusão... Não me sinto plenamente integrado nesta realidade única."
Quem sente falta de integração?

Existe algo "fora" da realidade única para ser integrado?

Pode algo estar separado do que já está presente?

"Ainda tento procurar uma lógica em alguns acontecimentos."
Não seria essa busca de lógica, um condicionamento, uma tentativa da mente de organizar/encaixar e explicar tudo o que se manifesta?

"Sou parte deste todo que se manifesta, desempenhando um papel."
O que está separando o "todo" do "papel"?

Há realmente um "EU" desempenhando algo, ou o papel é apenas parte da manifestação?

Talvez você já tenha visto esse exemplo antes, mas peço a sua atenção:

Uma onda é algo separado do oceano?
A onda é realmente algo distinto ou é apenas uma forma momentânea que surge na superfície do oceano, mas que, no fundo, nunca deixou de ser o oceano?

Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais. Imagine que você retire uma gota do mar. O que muda?

Há alguma diferença real entre a gota e o oceano, além dos conceitos e palavras que usamos para descrevê-las?

Quando você observa a gota, ela parece uma parte do oceano, certo? Mas, na essência, a gota não é nada além de água que já está no oceano. Ela não tem uma identidade própria, apenas é uma manifestação temporária do oceano. Assim como a onda, a gota não é algo separado, ela é, na verdade, a totalidade do oceano se manifestando de forma única e momentânea.

Agora, o que acontece quando falamos de "propriedades"?

As propriedades da gota são diferentes das propriedades do oceano?

Se a gota contém a mesma água que o oceano, onde está a diferença real?

A diferença está apenas na forma temporária que ela assume. Portanto, o conceito de "mar" e "gota" são apenas labels, palavras que usamos para tentar dividir o indivisível. Na verdade, a gota é o oceano se manifestando de uma nova maneira.
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Wed Jan 22, 2025 4:48 am

hoje vi este vídeo que fala sobre uma técnica simples, mas interessante, que pode ser útil para percebermos como reagimos automaticamente às sensações e pensamentos. A ideia é questionar: 'Eu preciso reagir assim?' ou 'Preciso sentir isso dessa forma?'. Esse simples questionamento cria um espaço que pode interromper o ciclo automático de reações e nos ajuda a ver a experiência de maneira mais direta, sem a carga das reações automáticas. Pode ser um ótimo ponto de partida para a prática de observar o que surge em você

https://www.youtube.com/watch?v=A-6mccprd-g&t=1s
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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Wed Jan 22, 2025 8:04 pm

Boa tarde, May !!!
Vamos de trás para frente...
Assisti ao vídeo e a dica é realmente muito boa. Além da questão nos forçar a refletir, gera aquele tempo necessário para dar uma respirada e cessar algum ação mais instintiva, baseada em nossos mecanismos internos ainda manifestantes.
Se não há "eu" independente, o que sobra que poderia ser chamado de fragmento?
Este "fragmento" pode ser localizado na experiência direta agora?
Como ele é?
Em que momento ele surge?
Onde ele começa e onde ele termina?
O fragmento ainda é aquela falsa sensação de constituir um ser individualizado.
Não, ele não pode ser localizado na experiência direta, onde só há a manifestação do todo.
É um pensamento, um movimento ...
Surge quando ainda há algum tipo de resistência ou dúvida se apresentando.
Não há começo e nem fim, só a impressão de que existe,
Quem está tentando não dar atenção?
É necessário "fazer" algo para que os pensamentos sejam simplesmente vistos?
Eu, enquanto tento me estabelecer no ser, na presença, mas percebo o movimento dos pensamentos.
Não é necessário, porque eles são como nuvens no céu.
Quem sente falta de integração?
Existe algo "fora" da realidade única para ser integrado?
Pode algo estar separado do que já está presente?
A minha percepção sente falta porque ela ainda não se percebe na unidade.
Não existe, somente a realidade única.
Não há como estar separado, mas pode haver o sentimento de estar...
Não seria essa busca de lógica, um condicionamento, uma tentativa da mente de organizar/encaixar e explicar tudo o que se manifesta?
Sem dúvidas... Minha mente é muito engenhosa.
O que está separando o "todo" do "papel"?
Há realmente um "EU" desempenhando algo, ou o papel é apenas parte da manifestação?
Esta falsa sensação de separatividade, gerada pela falta de percepção de ser e estar integrado... Afinal, se dissesse que tenho esta percepção de forma plena, não estaria sendo sincero.
O papel é apenas parte da manifestação e conceitualmente entendo muito bem isso.
Talvez você já tenha visto esse exemplo antes, mas peço a sua atenção:
Uma onda é algo separado do oceano?
A onda é realmente algo distinto ou é apenas uma forma momentânea que surge na superfície do oceano, mas que, no fundo, nunca deixou de ser o oceano?
Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais. Imagine que você retire uma gota do mar. O que muda?
Há alguma diferença real entre a gota e o oceano, além dos conceitos e palavras que usamos para descrevê-las?
Quando você observa a gota, ela parece uma parte do oceano, certo? Mas, na essência, a gota não é nada além de água que já está no oceano. Ela não tem uma identidade própria, apenas é uma manifestação temporária do oceano. Assim como a onda, a gota não é algo separado, ela é, na verdade, a totalidade do oceano se manifestando de forma única e momentânea.
Agora, o que acontece quando falamos de "propriedades"?
As propriedades da gota são diferentes das propriedades do oceano?
Se a gota contém a mesma água que o oceano, onde está a diferença real?
A diferença está apenas na forma temporária que ela assume. Portanto, o conceito de "mar" e "gota" são apenas labels, palavras que usamos para tentar dividir o indivisível. Na verdade, a gota é o oceano se manifestando de uma nova maneira.
Este exemplo é uma das analogias mais perfeitas da realidade imediata e entendo tudo perfeitamente.
A onda é momentânea e nunca deixou de fazer parte e de ser o próprio oceano.
Quando tiramos uma gota do mar, nada muda e todas as suas propriedades permanecem.
A gota é uma forma temporária, assim como a onda, e em nenhum momento deixam de ser o oceano.

Tudo está muito claro para mim e tenho muitos vislumbres da "unidade" de tudo, principalmente quando estou exercitando o ver, o sentir na experiência imediata....
Mas ainda tenho muito movimento de pensamentos e por vezes esta sensação de pertencer à unidade fica prejudicada.
Mas isso não me incomoda porque parece ser um processo de alinhamento ocorrendo.
Tudo natural, sem stress, sem dúvidas, sem expectativas...

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 23, 2025 6:53 am

Oi Franchi! Bom dia!


“Eu, enquanto tento me estabelecer no ser, na presença, mas percebo o movimento dos pensamentos.”

Observe isso na sua própria experiencia imediata, sem tentar rotular nada!

O que resta se você parar de tentar se estabelecer na presença?

A onda precisa se esforçar para ser oceano?


“A minha percepção sente falta porque ela ainda não se percebe na unidade.

(...) Mas ainda tenho muito movimento de pensamentos e por vezes esta sensação de pertencer à unidade fica prejudicada.


A percepção não pode "se perceber na unidade", porque ela é construída a partir de contrastes, alto/baixo, claro/escuro, frio/quente, dor/prazer. Para perceber o claro, a mente precisa contrastá-lo com o escuro. É exatamente essa dinâmica de opostos que cria e mantém a ilusão de separação. A percepção foi condicionada a identificar objetos e dividir o mundo em partes, sempre vendo-se como algo separado.

Tentar usar uma ferramenta feita para separar para alcançar algo indivisível não faz sentido. A ideia de "sentir falta de integração" só existe dentro da própria crença na separação.

O que parece "falta de integração" é apenas a percepção repetindo a ilusão central: a separação entre sujeito e objeto, entre um "eu" e o resto. Mas esse "eu" que sente falta não é real.. é apenas mais uma construção. A integração não depende de a percepção "se perceber", mas de reconhecer que nunca houve separação.

Essa coisa que você busca não pode ser nomeada, nem percebida. Retire rótulos, conceitos, questione suas crenças, desista de tentar entender ou perceber. Relaxe, não leve seus pensamentos a sério... apenas se renda. O que resta?
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Thu Jan 23, 2025 2:42 pm

Bom dia, May !!!
Observe isso na sua própria experiencia imediata, sem tentar rotular nada!
É o que tenho feito !!! Vou tentar abandonar a parte de rotular... (rs.)
O que resta se você parar de tentar se estabelecer na presença?
Apenas a experiência imediata.
A onda precisa se esforçar para ser oceano?
De modo algum ...
A percepção não pode "se perceber na unidade", porque ela é construída a partir de contrastes, alto/baixo, claro/escuro, frio/quente, dor/prazer. Para perceber o claro, a mente precisa contrastá-lo com o escuro. É exatamente essa dinâmica de opostos que cria e mantém a ilusão de separação. A percepção foi condicionada a identificar objetos e dividir o mundo em partes, sempre vendo-se como algo separado.
Entendo, porque a percepção é dual por este condicionamento.
Tentar usar uma ferramenta feita para separar para alcançar algo indivisível não faz sentido. A ideia de "sentir falta de integração" só existe dentro da própria crença na separação.
Sim, faz todo sentido.
O que parece "falta de integração" é apenas a percepção repetindo a ilusão central: a separação entre sujeito e objeto, entre um "eu" e o resto. Mas esse "eu" que sente falta não é real.. é apenas mais uma construção. A integração não depende de a percepção "se perceber", mas de reconhecer que nunca houve separação.
Então está integração só pode ser sentida de forma abstrata, conceitual ? Ou com o tempo ela passa a ser natural de alguma forma?
Essa coisa que você busca não pode ser nomeada, nem percebida. Retire rótulos, conceitos, questione suas crenças, desista de tentar entender ou perceber. Relaxe, não leve seus pensamentos a sério... apenas se renda. O que resta?
Sim, sim, meu irmão, estou vivenciando tudo isso, apenas tenho uma impressão de estar faltando algo...

Estou passando por uma série de situações que demandam a minha atenção e ação, e é muito interessante como consegui me livrar de ficar pensando sobre estas coisas ... É tipo assim, quando algo relativo a essas situações está acontecendo, estou ali no momento, mudou o cenário e parti para outra atividade, é como se a situação deixasse de existir momentaneamente.
Isso me trás muitas reflexões sobre a matriz tempo e espaço que criamos para nossa organização e ordenamento...
Parece que as situações não existem mais enquanto a minha atenção não é necessária por algum motivo.
Desculpe se ficou meio vago, é que como são situações pessoais, não quis publicar... Mas acho que você me entenderá...

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Thu Jan 23, 2025 4:04 pm

So the relaxation of this desire to experience Consciousness as an object, which actually prevents us from abiding as Consciousness knowingly, requires more than simply that the understanding that Consciousness is not an object.
It requires a deep sensitivity to the sense of lack, to the feeling that we need something that is not present in order to make us happy, to the feelings and impulses at the level of the body and how we escape them through thinking.
Once this is understood, we no longer need the acquisition of an object to dissolve the sense of lack. We go directly to the sense of lack itself and face it as it is.
We do not act on the impulse and escape it through thinking, desiring and acting. We have the courage not to try to relieve it, not to do anything about it.
We simply allow the feeling of lack to be fully present. We do not add anything to it. That is easy because we, Consciousness, are already the allowing or welcoming of all things.
We simply let Consciousness take care of everything.

The Transparency of Things(Rupert Spira)

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Maylson
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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 23, 2025 5:15 pm

Ola!! ;)

“Então está integração só pode ser sentida de forma abstrata, conceitual? Ou com o tempo ela passa a ser natural de alguma forma?”
Não, ao contrário. O que você chama de unidade é, na verdade, a sua natureza fundamental. Ela sempre esteve aqui, nunca foi a lugar algum e nunca irá. Os conceitos e abstrações da mente é que criam a ilusão de que você não faz parte dela e de que precisa ser "reintegrado".

Essa ideia de integração é um condicionamento, especialmente de origem religiosa. O próprio termo "religião" (religare) significa "religação", como se houvesse uma desconexão entre você e algo maior. Esse condicionamento mental parte da crença de que há uma separação entre sujeito e objeto. É daí que surge todo o amontoado de crenças, doutrinas e etc.

“Estou passando por uma série de situações que demandam a minha atenção e ação, e é muito interessante como consegui me livrar de ficar pensando sobre estas coisas ... É tipo assim, quando algo relativo a essas situações está acontecendo, estou ali no momento, mudou o cenário e parti para outra atividade, é como se a situação deixasse de existir momentaneamente.
Isso me trás muitas reflexões sobre a matriz tempo e espaço que criamos para nossa organização e ordenamento...
Parece que as situações não existem mais enquanto a minha atenção não é necessária por algum motivo.”
Sim, faz todo sentido. O que você está notando é que as situações só 'existem' enquanto estão sendo vividas. Fora disso, elas não passam de pensamentos ou memórias que aparecem na mente."

Enquanto você está em outra atividade, onde está aquela situação anterior? Ela realmente existe ou é apenas algo que surge como pensamento quando sua atenção volta a ela?

“So the relaxation of this desire to experience Consciousness as an object, which actually prevents us from abiding as Consciousness knowingly, requires more than simply that the understanding that Consciousness is not an object.
It requires a deep sensitivity to the sense of lack, to the feeling that we need something that is not present in order to make us happy, to the feelings and impulses at the level of the body and how we escape them through thinking.
Once this is understood, we no longer need the acquisition of an object to dissolve the sense of lack. We go directly to the sense of lack itself and face it as it is.
We do not act on the impulse and escape it through thinking, desiring and acting. We have the courage not to try to relieve it, not to do anything about it.
We simply allow the feeling of lack to be fully present. We do not add anything to it. That is easy because we, Consciousness, are already the allowing or welcoming of all things.
We simply let Consciousness take care of everything.”
Então, não se trata de preencher a lacuna (necessidade de integração) ou buscar algo para acabar com a sensação de falta. Quando essa impressão de que falta algo surgir, o convite é simplesmente permitir que ela esteja ali, sem tentar fugir, modificar ou aliviar. Ao fazer isso, a sensação perde o poder de parecer algo que precisa ser resolvido e se dissolve no próprio reconhecimento.
May.

"The moment I am aware that I am aware I am not aware. Awareness means the observer is not"
― Jiddu Krishnamurti

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Franchi
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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Thu Jan 23, 2025 7:05 pm

Boa tarde, May !!!!
Hoje parece que um jogo de ping pong acontece entre nós... (rs.)
Não, ao contrário. O que você chama de unidade é, na verdade, a sua natureza fundamental. Ela sempre esteve aqui, nunca foi a lugar algum e nunca irá. Os conceitos e abstrações da mente é que criam a ilusão de que você não faz parte dela e de que precisa ser "reintegrado".
Entendi, não preciso sentir a unidade porque ela simplesmente é...
Essa ideia de integração é um condicionamento, especialmente de origem religiosa. O próprio termo "religião" (religare) significa "religação", como se houvesse uma desconexão entre você e algo maior. Esse condicionamento mental parte da crença de que há uma separação entre sujeito e objeto. É daí que surge todo o amontoado de crenças, doutrinas e etc.
Muito esclarecedor, é algo enraizado em nossas mentes... Abraça-se isso e segue a vida!!!
Sim, faz todo sentido. O que você está notando é que as situações só 'existem' enquanto estão sendo vividas. Fora disso, elas não passam de pensamentos ou memórias que aparecem na mente."
Isso mesmo.
Enquanto você está em outra atividade, onde está aquela situação anterior? Ela realmente existe ou é apenas algo que surge como pensamento quando sua atenção volta a ela?
Não me preocupo onde ela está, May, porque sei que quando necessário irá se manifestar de novo ... É uma situação que existe se considerarmos a função de nosso personagem, já que a situação está atrelada a essa função, mas ela é tão existente quanto o próprio personagem, já que se associa a sua identidade.
Então, não se trata de preencher a lacuna (necessidade de integração) ou buscar algo para acabar com a sensação de falta. Quando essa impressão de que falta algo surgir, o convite é simplesmente permitir que ela esteja ali, sem tentar fugir, modificar ou aliviar. Ao fazer isso, a sensação perde o poder de parecer algo que precisa ser resolvido e se dissolve no próprio reconhecimento.
Exatamente !!!

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Maylson
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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 23, 2025 7:45 pm

Boaa tade!
“Hoje parece que um jogo de ping pong acontece entre nós... (rs.)”
Ou um Monólogo disfarçado de diálogo, hahaha
“Não me preocupo onde ela está, May, porque sei que quando necessário irá se manifestar de novo ... É uma situação que existe se considerarmos a função de nosso personagem, já que a situação está atrelada a essa função, mas ela é tão existente quanto o próprio personagem, já que se associa a sua identidade.”
Exatamente! A situação só "existe" como um conceito, uma narrativa mental que depende do personagem para ser re/criada. Sem a identidade ou o pensamento que a sustenta, ela não tem substância real. Então não ha com o que se preocupar.

E essas series de situações do dia a dia (como as que você mencionou que está passando) surgem naturalmente, como ondas no oceano. Elas simplesmente acontecem... Aí a mente tende a criar histórias sobre essas situações, conectando-as a uma ideia de 'eu' e ao que 'deveria' ou 'não deveria' acontecer... Essas histórias são tipo camadas de interpretação que cobrem a experiência direta da vida, criando separação, conflito e identificação.

A chave para liberar essa identificação é ver diretamente na experiência, que esses pensamentos e histórias não pertencem a ninguém. Surgem de forma impessoal, como nuvens passando no céu. Não há um 'eu' sólido por trás deles, nenhum 'dono' que os controle ou seja afetado por eles de forma definitiva. Quando você olha de perto, percebe que o 'eu' que parece tão real é apenas outro pensamento, outra história.

E ao ver isso claramente, a identificação com os pensamentos perde força...E nesse espaço de clareza, a presença emerge, como se um céu limpo por trás das nuvens fosse revelado... e você percebe que a vida já está aqui (sempre esteve), completa e indivisa. Não há nada a alcançar, nada a consertar, nada a entender. Tudo simplesmente é.
May.

"The moment I am aware that I am aware I am not aware. Awareness means the observer is not"
― Jiddu Krishnamurti


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